Procurando alguma coisa?

Crônicas

Um Apelo

Um dos maiores erros que o ser humano comete é achar que os demais vêem o mundo com os seus olhos. Este tipo de pessoa quando acha uma coisa interessante, não desconfia da existência de seres humanos que detestam aquela coisa. É muito difícil conviver com um ser humano que tem este tipo de comportamento, pois nem em sonho ele percebe que não é o centro do universo. Este tipo de ser humano é egoísta e imaturo, quando é contrariado age como uma criança birrenta.

Não sei a razão deste tipo de ser humano sempre cruzar o meu caminho, apesar das minhas orações pedindo a Deus para tirá-lo da minha caminhada. Estas pessoas querem que me torne um objeto a girar em torno delas. Quando são do sexo feminino, elas desejam inspirar o verso e incendiar meu corpo, há muito tempo aposentado para relacionamentos deste tipo. Quando digo que já tenho uma pessoa que caminha comigo lado a lado, de mãos dadas, sem um fazer exigências para o outro, apenas pelo prazer de bailar juntos na Vida, elas ficam contrariadas e dizem alguns desaforos, revelação expressa da sua falta de maturidade.

Nos últimos meses tenho me isolado um pouco, peço desculpas aos parentes, amigos e amigas por não estar com vocês com mais freqüência neste período. Como ótimo louco manso que sou, tenho alternâncias no meu comportamento, nalguns períodos estou com os parentes e amigos, noutros fico recluso em algum hospício ou na minha residência, depende do grau de loucura a afligir o meu espírito nestas ocasiões.

Nas minhas preces sempre faço um apelo a Deus: não permita que os parentes e amigos interpretem estas ausências como um afastamento ou desejo de romper o relacionamento. Amo todos vocês, se não os vejo com a freqüência que gostaria, sempre penso em todos vocês e o meu coração se enternece quando a imagem de um aparece na minha tela mental. O importante não é a quantidade de vezes que nos vemos, mas o sentimento de amor que inunda nossos corações quando nos encontramos. Sentimento que também invade meu coração quando penso em vocês, uma brisa suave invade minha alma e me leva a fazer uma prece de agradecimento por ter vocês como parente ou amigo.

Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 3 e 4 fevereiro de 2010.
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