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Crônicas

Lições de Amor

O perfume exalado pelo roseiral fala sem palavras dos sentimentos dos que ali moram. O colorido e a diversidade das rosas alegram o jardim, elas tornam mais suave a vida dos moradores daquela humilde casinha no subúrbio da cidade. Um clima de alegria e de paz bafeja as almas do casal que mora ali, o perfume do seu amor se mistura com o das rosas, torna o ambiente paradisíaco. Cada detalhe da casinha fala da delicadeza de sentimentos dos seus habitantes, ali tudo é simples e humilde, mas construído com amor e muito bom gosto.

O desjejum parco não afeta a alegria de viver do casal. Antes de fazer a primeira refeição eles oram e agradecem a Deus pelo milagre da vida e por aquela refeição, devorada com satisfação como se fosse um manjar dos deuses. Depois do café da manhã cada um parte feliz para seu trabalho, desejando que as horas corram céleres para estarem novamente reunidos no mesmo diapasão de amor e de paz, debaixo daquele humilde teto.

Quantos casais existem que têm tudo que um ser humano pode desejar no plano material, mas não são felizes. A felicidade não é vendida em lojas ou em supermercados, ela é um estado de espírito ao alcance de qualquer um que a deseje conquistar. Ela exige apenas o querer estar com ela para se tornar nossa escrava e fazer moradia dentro de nós. A felicidade é amiga fiel, ela jamais nos abandona, nós é que a expulsamos com o nosso modo de pensar e de agir.

Assim como o ar é necessário para sustentar a vida do corpo material, a felicidade é necessária para a vida do espírito. Podemos viver em lugares insalubres, mas o físico se ressentirá e não gozará de saúde. Podemos viver infelizes, mas o espírito definhará e não desfrutará das belezas oferecidas pela vida. Nós fomos criados por Deus para sermos felizes, enganam-se redondamente aqueles que definem a Terra como um vale de lágrimas. Ela é uma escola cuja função maior é nos educar para sermos tão felizes quanto sejamos capazes de aprender nas lições ensinadas pelo cotidiano da vida.

Aquele Deus colérico e vingativo do Antigo Testamento foi aposentado por Cristo hadois mil anos atrás. O Deus do Novo Testamento é sinônimo de Amor, lição até hoje entendida por muitas pessoas, mas praticada por poucas. Está na hora de deixarmos de falar sobre o Evangelho e começarmos a vivenciar as lições ensinadas por Cristo, isto é, a vivermos o Amor em sua plenitude.

Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 12 de setembro de 2006.
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