Procurando alguma coisa?

Poesias

Cruz

Gotas de orvalho caem das plantas
são lágrimas de emoção da natureza
pela noite que desvanece
pelo dia que amanhece.

Neste lusco-fusco
sem decidir se dorme ou acorda
o corpo fica deitado.

A alma não dá tréguas ao corpo
quer despedir-se da noite
saudar o novo dia.

O copo diz para a alma:
“estou cansado
deixa-me repousar”.

A alma retruca:
“você é finito
eu sou infinita
repousa na horizontal
na vertical viajarei pelas estrelas”.

Horizontalidade do corpo
verticalidade da alma
a cruz do ser humano.

Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org

Fortaleza, 19 de março de 2010.

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