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Crônicas

Tempos Modernos

Corpo feminino, alma e modo de agir masculino, eis um perfil de grande parcela do trabalhador brasileiro. Esta parcela é constituída por mulheres que trabalham e lutam como homens para garantir a sua sobrevivência. A vida levou-as a assumirem a responsabilidade total com a manutenção de seus lares e com a educação de seus filhos. É uma mulher pãe (pai + mãe) dos seus filhos, de acordo com o dicionário da matriarca (minha irmã Alice). Tais mulheres sustentam suas famílias sozinhas sem necessitar da ajuda de ninguém e chegam até a auxiliar outras pessoas. Por necessidades geradas pela vida assumiram algumas atitudes tipicamente masculinas, sem deixarem de ser mulher, melhor dizendo, sem mudarem suas preferências sexuais e sem perderem a feminilidade.

A vida moderna tem trazido muitas mudanças na vida dos homens, eles hoje executam tarefas outrora atribuídas pela sociedade às mulheres. Estas mudanças chamam tanto a atenção da nossa sociedade machista, a ponto dos meios de comunicação de massa mostram a existência de mulheres saindo para trabalhar e os homens ficando em casa para cuidar das tarefas domésticas, sem que isto provoque qualquer tipo de problema entre o casal.

Hoje nós encontramos um grande número de homens que sabem cozinhar muito bem, fluem com desenvoltura tanto nos doces quanto nos salgados, a ponto de causar inveja a qualquer pessoa. Atualmente muitos casais dividem as tarefas domésticas, apesar de alguns homens negligenciarem bastante a parte que lhes cabe, como se as tarefas domésticas não fossem obrigação deles. Mas um fato deve ser salientado em favor das mulheres, a grande parcela dos homens que cozinha sabe fazer apenas um ou dois pratos, são os cozinheiros do dia de domingo e feriado. E o homem, na sua grande maioria, tem um grande problema na cozinha: quando a refeição fica pronta a cozinha foi transformada em uma sucursal do inferno, uma quantidade enorme de coisas para lavar, o fogão em petição de miséria, um verdadeiro caos.

Nos dias atuais a mulher já é mais da metade da força de trabalho, embora alguns pouquíssimos setores da economia ainda sejam dominados pelo homem. Como estudante nas universidades a mulher já é maioria na quase totalidade dos cursos. Talvez esta seja a alavanca necessária para que no terceiro milênio aconteça a mudança profetizada pelos místicos e anunciada pelos cientistas. Faço voto e tenhoa esperança de que a mulher erradique as guerras, elimine a fome, o analfabetismo e o desemprego.

Vamos gritar viva para as mulheres, vindo do fundo do coração: VIVA!!!

Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, dezembro de 2006.
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