Procurando alguma coisa?

Crônicas

Erro

Durante a infância, tanto em casa quanto na escola, aprendemos como devemos nos comportar no relacionamento com as outras pessoas. Neste processo de aprendizagem somos elogiados quando nos ajustamos aos padrões estabelecidos por estes dois grupos e punidos quando o nosso comportamento diverge daquele que nos foi ensinado. A maneira como este processo de socialização é desenvolvido pode levar a criança a ser capaz de enfrentar situações novas e desafiantes no futuro, de não ter medo de errar, mas também pode torná-la incapaz de assumir riscos quando se defrontar com situações desafiantes.

Existem erros que são cometidos de maneira consciente, isto é, a pessoa sabe os danos causados a ela ou a outrem quando executam uma determinada ação, mas pratica aquela ação mesmo assim. Do outro lado desta escala existem erros de uma pessoa que causam algum dano a outrem, mas ela não tem consciência deste fato. Diante destas duas colocações ficamos a imaginar como é difícil avaliar o comportamento das pessoas que convivem conosco e quantos erros cometemos ao decretar sentenças absorvendo ou condenando o seu modo de agir em determinadas situações.

Para algumas pessoas admitirem os seus erros não lhes causa nenhum constrangimento e elas o fazem com sinceridade, enquanto outras preferem morrer a admitir que erraram. Quem já conviveu com uma pessoa que se julga infalível sabe quanto é difícil resolver algum problema com ela quando é necessário avaliar uma situação em que ela cometeu um engano. Conviver com um colega de trabalho deste tipo é uma situação estressante, imagine viver com um cônjuge assim.

Como é bom conviver com uma pessoa capaz de perdoar e não guardar mágoas no seu coração. Como são belas de espíritos estas pessoas. Seriam tais pessoas querubins enviados por Deus para nos ensinarem como é doce a convivência no Paraíso?

Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org

João Pessoa, 24 de julho de 2008.

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