Procurando alguma coisa?

Poesias

Aguardo

Aguardo de novo o amor
pode ser de enésima mão
pois também já estou
pra lá de usado.

Quero deitar minha cabeça
em coxas quentes e macias
receber cafuné
tirar uma pestana.

Além das prendas amorosas
o único predicado exigido
é ser uma criatura capaz
de loucuras mil suportar.

Desejo na sua companhia
fluir com leveza na vida
no oceano navegar
nas nuvens flutuar.

Uma criatura assim
você pode não acreditar
já tive a felicidade de casar
mas deixei escapar.

Aguardo o seu regresso
para as saudades matar
conjugar com ela o verbo amar
na primeira pessoa do plural
do presente do indicativo.

Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 4 de dezembro de 2006.
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