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Quinto (a) dos Infernos – Sérgio Vieira de Melo.

Já se foi o tempo em que os brasileiros colonizados por Portugal se indignaram com a cobrança de altos impostos equivalente a 20% (vinte por cento) de tudo produzido, por isso recebeu a pecha pejorativa de “O Quinto dos Infernos”.

Atualmente, em face da alta carga tributária, obrigatoriamente (imposto, o nome diz tudo) recolhemos aos cofres públicos vários, todos incidentes sobre as mais diversas cobranças com suas intermináveis siglas e denominações (são impostos, taxas, contribuições) a tal ponto que os 20% (o quinto) cobrado na época do império causa inveja.

Diariamente somos vítimas de planejadores que estudam maneiras vis de nos tomarem parte da paga amealhada com o esforço do nosso trabalho ou bens. Em breve, além da incidência sobre água, energia, alimento, bens, serviços e materiais de qualquer natureza, restam apenas se taxar sobre o ar que respiramos, mas possivelmente está em estudo.

Hoje, quinta – feira 15/05 considero por analogia a “Quinta dos Infernos”. Através dos noticiários, internet e redes sociais, foram invadidos por imagens e vídeos relatando os covardes saques, roubos e o extremo vandalismo quando a bandidagem decretou feriado no comércio, escolas, bancos e instituições na capital Recife e em menores cidades pelo interior pernambucano, em Abreu e Lima esborrou selvageria e a ampla e sufocante sensação de insegurança por todo estado em decorrência da greve deflagrada pela Polícia e Bombeiros Militares, embora saibamos que alguns aguardam apenas uma oportunidade e ela surgiu…

As autoridades repetem a Lei de Greve que ampara a proibição destes profissionais de lutarem por melhores salários e baseado nesta lei, rapidamente um juiz julga a greve ilegal e determina pesada multa pelo descumprimento. Até entendo que por se tratar de categoria que, na sua ausência, a prevenção e repressão aos crimes e a ordem pública provocam o caos instalado. A população atônita assiste a desordem reinante, porém em contra partida, as autoridades não poderiam jamais deixar chegar a esse ponto. Existe no legislativo dormindo há muito tempo a PEC 300 que cria o piso nacional para a categoria, que evitaria, mas que até hoje não houve tempo ou vontade de ser votada e aprovada.

Voltando aos impostos, os policiais militares, parte de toda população, também estão expostos às dificuldades de moradia, insegurança e no sustento de suas famílias. O episódio me fez lembrar o fato histórico do “quinto” e da “quinta” dos infernos vivido pelos pernambucanos no passado e no presente.

Bom Jardim – PE quinta – feira 15 de maio de 2014.

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