O mundo gira em círculos,
Cada vez mais fechados.
É como se fosse uma roda,
A moer minhas esperanças
Sem dó nem piedade.
E gira o mundo em mim,
E muda os fusos
E difusos eu fico,
Eu vou.
E olho o norte da
Minha bússola amorosa,
E o magnético aponta
O meu desapontamento.
E fico girando os pensamentos,
Unguentos dos meus
Sonhos, desejos.
Lembro dos beijos,
Dados em ti.
Do universo de
Encantos do céu
Da tua boca.
E rouca fica a voz,
O violão e o verso.
E no verso dos dias,
Ao norte de mim.
E rola a vida lá fora…
E gira o desejo no peito…
E o meu astrolábio,
Salgado da maresia,
Molhados dos pingos
Das lágrimas
Que caem assim.
Ai! De mim prisioneiro.
Desse olhar que roda, ronda,
Ao norte de mim.