Ao ler e escutar o noticiário a respeito da desonestidade que toma conta do Brasil nos últimos anos, eu fico a imaginar como seria boa a vida do brasileiro, caso os recursos existentes fossem aplicados em benefício da população carente. Seria interessante saber os valores totais que são gastos nos programas demagógicos e quanto é roubado dos governos municipais, estaduais e federal. Acredito que o resultado será um número gigantesco, capaz de resolver alguns problemas sociais enfrentados pelos brasileiros.
Ensina a sabedoria popular que quando um ser humano tem fome não devemos dar um peixe a ele, mas ensiná-lo a pescar. Vamos dar asas à nossa imaginação e vamos usar, de maneira diferente, alguns recursos disponíveis em alguns dos programas que apenas distribuem alimentos e o dinheiro que é roubado dos cofres públicos.
Em primeiro lugar vamos tratar do problema educacional, nenhum brasileiro deixará de receber uma educação de primeiro mundo. Não falamos aqui de freqüentar a escola para alimentar o corpo e continuar analfabeto, apenas para mascarar as estatísticas, mas de receber uma educação capaz de capacitar o brasileiro a trabalhar em qualquer lugar do mundo, caso estude e tenha condições intelectuais para isto.
O povo educado saberia votar e escolher os seus representantes para o poder executivo e o poder legislativo, haveria uma mudança radical nestes poderes. Acredito que esta é a razão pela qual uma educação de qualidade não é oferecida aos brasileiros.
Como o nosso objetivo é ensinar a pescar, os programas de distribuição de alimentos serão desacelerados até se extinguirem dentro de um ano. Serão substituídos por programas profissionalizantes, nos quais cada pessoa aprenderá a ganhar o pão de cada dia através do seu trabalho, usando os recursos naturais da sua região, como algumas organizações não governamentais estão fazendo em várias regiões do Brasil, mas em escala muito reduzida.O sistema de saúde seria totalmente reformulado. Os hospitais públicos serão considerados referência de atendimento entre os países do primeiro mundo. As consultas, quando agendadas no próprio dia, são atendidas no prazo máximo de três horas. As consultas marcadas no dia anterior serão atendidas no horário previamente marcado.
Todo brasileiro sonha com a resolução destes dois graves problemas, mas na hora de votar, de exercer o seu direito de mudar a situação vigente, vota em determinado candidato porque um parente pediu ou porque o acha simpático. Está na hora de mudarmos a nós mesmo, mudar nossa maneira de votar, cuja conseqüência será a mudança na administração pública do Brasil.
Fortaleza, 6 e 7 de março de 2009.
