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Crônicas

Hábitos

Nas noites de sábado, quando estou em João Pessoa, costumo jantar no mesmo restaurante, tomo um vinho tinto seco por recomendação do cardiologista, escuto o meu amigo Fábio dedilhar o violão e cantar músicas antigas e novas, com a finalidade de atender a clientela habitual. Os meus filhos me acompanhavam neste programa, mas suas atividades profissionais os levaram para outras cidades, fiquei sozinho para cumprir este compromisso sabático. Com este hábito deixo de freqüentar outros lugares agradáveis da cidade e de conhecer outras pessoas.

Costumo acordar antes de o Sol nascer, hábito adquirido desde a juventude, hoje não consigo dormir até tarde, apesar de ter me aposentado no início deste século e poder acordar na hora que desejar. Quando trabalhava o acordar cedo era uma necessidade para ler e ficar atualizado com as novidades profissionais, pois tinha alguns compromissos a me ocuparem durante o período da noite. Hoje não consigo quebrar o hábito de acordar cedo, então aproveito a cabeça descansada para escrever.

Algumas vezes adquirimos alguns hábitos indesejáveis, tais como falar mal das outras pessoas e não conseguimos nos livrar deles com facilidade. Nada é mais desagradável do que ouvir uma pessoa denegrir a imagem de outra, muitas vezes por inveja. Os maledicentes exalam um “hálito moral” desagradável, afastam as pessoas que não gostam de sentir o cheiro de “carniça moral” exalado por suas almas.

Existem pessoas que costumam orar sem cessar, isto é, pensam sempre de maneira positiva e desejam o bem para todos, mesmo para os que são deselegantes com elas. Estas pessoas exalam um “hálito moral” agradável que atrai as pessoas como as flores atraem as abelhas, estar com elas é perfumar as nossas almas com “fragrâncias divinas”, conversar com elas é agradável e uma maneira de aprender a ser elegante no trato com as pessoas.

Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 29 de julho de 2008.
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