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Crônicas

Final de Ano

Nesta época do ano as pessoas estão mais abertas, cumprimentam as outras com mais alegria, abrem espaços interiores para acolher as outras, existe um clima mágico no ar, a alegria reina no coração da maioria. O décimo terceiro salário recebido pelos trabalhadores permite a realização de muitos sonhos acalentados durante todo o ano, embora comprometa o orçamento do ano seguinte, esta é a realidade de uma parcela da classe trabalhadora. Uma alegria interior domina a maioria das pessoas e se manifesta de mil maneiras, algumas convencionais, outras inusitadas, são manifestações cujos objetivos são a paz e a confraternização entre os seres humanos. Existe um clima mágico entre as pessoas.

Nós não conseguirmos manter o clima mágico do Natal durante o restante do ano, o que é de se lastimar. Vamos supor que um casal consiga manter este clima de Natal durante todo o ano. Você já imaginou como seria mágico o relacionamento entre estas duas pessoas? Este é o sonho de todos os casais e a sua realização depende apenas das duas pessoas manterem um relacionamento de amor capaz de criar o “clima natalino” durante todo o transcorrer do ano.

Algumas pessoas devem estar pensando: é possível manter esta magia do Natal durante todo o ano. Isto não significa dizer que não teremos aborrecimentos, mas que os contratempos serão superados rapidamente e voltamos para o estado de alegria e amor. Outras devem estar pensando: é impossível manter esta magia do Natal durante todo o ano. E por pensarem assim eles são as primeiras a agirem no sentido de desmancharem a magia do Natal tão logo acabem as festividades de final de ano. Apresentam o argumento de que devemos ser realistas e criam para si uma realidade que elas próprias não gostariam de viver.

A Vida nos oferece aquilo que nos desejamos receber. São os nossos pensamentos, palavras e atos que estão determinando a estrada que iremos trilhar na nossa caminhada diária, não me canso de repetir este ensinamento dos grandes pensadores da humanidade. Caso a minha estrada seja difícil de percorrer, esburacada e cheia de obstáculos perigosos, muitas pessoas evitarão caminhar por ela. As estradas devem ser seguras e bem tratadas, com acessos a “trilhas” não exploradas para aqueles que gostam de viver emoções fortes, mas o acesso que leva a tais trilhas deve ser bem cuidado e não oferecer perigo aos que por ele caminham.

Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, dezembro de 2007.
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