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Crônicas

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Bati na porta da Alegria, pedi para ela inundar o meu espírito e escutei estas palavras da sua boca: trabalhe em benefício das crianças abandonadas, faça de cada uma delas uma filha querida do seu coração, então eu estarei sempre ao seu lado, defenderei seu coração dos dardos envenenados da Tristeza e não deixarei que as flechas do Desânimo o atinjam. Procure a Caridade, ela lhe auxiliará nesta atividade.

Bati na porta da Bondade, ela me recebeu carinhosamente, mas quando pedi para morar comigo, meio sem jeito ela me disse: para ficar comigo você deve abandonar a companhia do Egoísmo e da Maldade, eles formam um casal perigoso, capaz de transformar o seu coração numa pedra de gelo e apagar a Luz da sua alma. Quando você deixar de conviver com este casal as pessoas terão prazer em estar na sua companhia e eu farei do seu coração a minha morada. Procure a Caridade, ela lhe auxiliará nesta atividade.

Bati na porta da Felicidade, convidei-a para morar comigo e ela respondeu: você será cada vez mais feliz quando trabalhar em benefício da humanidade, faça isso e passarei mais tempo habitando o seu coração, farei dele a minha morada. Mas eu só poderei habitar seu coração quando a Caridade tiver convivido com você durante algum tempo.

Bati na porta da Fé, ela me recebeu de braços abertos e me apresentou duas amigas dela: a Esperança e a Caridade. Elas me explicaram que para conviver com elas eu teria de passar alguns dias com a Caridade e, na companhia dela, visitar os necessitados que vivem abandonados pelas ruas da cidade, levar para eles o pão material para matar a fome do corpo físico e o pão espiritual para saciar a alma. Depois de algum tempo visitando os necessitados, a Caridade abriria espaço no meu coração para que a Esperança e a Fé pudessem entrar. As três iriam me acompanhar nestas atividades de ajuda aos necessitados durante algum tempo. Elas me garantiram que este trabalho seria o arado que prepararia o meu coração para elas fazerem dele a sua morada, juntamente com a Alegria, a Bondade e a Felicidade. E quando todas elas estivessem reunidas no meu coração, o Amor faria dele a sua morada.

Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, junho de 2008.
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