― O que é a Vida?
― Já lhe disse inúmeras vezes que não sou capaz de encarcerar em palavras algo tão abrangente. Esta conversa já está chata, repetitiva.
― Mas você já escreveu inúmeras vezes a palavra Vida nos seus trabalhos. Como pode dizer-me que não é capaz de definir o que é Vida? Você não sabe o que diz?
― Não escrevo acerca do conceito de Vida, mas sobre coisas que vejo e que fazem parte da Vida. São as minhas percepções acerca do que vejo e elas podem estar corretas ou erradas.
― Você sempre é evasivo nas suas conversas!
― Você adora um conceito e quando aprende o conceito acerca de uma coisa, acha que sabe o que é aquela coisa, vã ilusão…
― Você acha os conceitos desnecessários?
― Longe de mim tal ideia, sem os conceitos a comunicação entre os seres humano seria difícil. Apenas alerto para a necessidade de fugir da prisão dos conceitos com o objetivo de vislumbrarmos novos horizontes não contidos neles. Caso isto não seja feito, não haverá progresso, ficamos aprisionados no conceito, sem a possibilidade de existir progresso.
― Chega, não vou mais conversar com você. Fui…
― Vai com Deus…
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 6 de junho de 2012.