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Crônicas

Traição II

Não consigo entender a lógica de algumas pessoas, elas traem o seu consorte, mas não admitem ser traídas. Antigamente este comportamento era observado nas pessoas do sexo masculino, hoje o sexo feminino comete atos de traição com a mesma facilidade observada há anos no sexo masculino. Perdão, com mais facilidade e arte, desculpe a falha. Entendo que o sexo feminino tem os mesmos direitos do sexo masculino, mas a traição não é um direito, é um desvio moral condenável nos dois sexos.

Muitas mulheres traem seus companheiros de uma maneira tão requintada e camuflada, que os homens podem ser considerados aprendizes nesta arte. Depois de muitos anos assistindo as traições masculinas, as mulheres aprenderam as lições e se tornaram especialistas no assunto, suplantaram seus professores. Os mestres de ontem estão longe do desempenho atual daquelas que no passado foram suas alunas, mas que hoje têm mestrado e doutorado no assunto, enquanto o sexo masculino fez apenas o curso de graduação. E nos dias de hoje os cursos de graduação deixam muito a desejar, não dão as condições necessárias e suficientes para um bom desempenho em um mundo em constante mutação. Por estas razões, as traições femininas nos dias atuais superam as masculinas em quantidade e em qualidade, o que é lastimável.

Quando um ser humano pratica uma traição com seu consorte, comete uma traição maior consigo mesmo, joga na lata do lixo a Lei de Deus que estabelece: “Fazei aos homens (seres humanos) tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consiste a lei e os profetas”. Tendo em vista que não gostamos de ser traídos, quando cometemos uma traição agredimos a Lei de Deus, que é clara e objetiva, não deixa margem para a dúvida.

Nenhum ser humano tem o direito de trair, mesmo quando é traído, um erro não justifica outro erro. Quando alguém é traído não deve adotar os mesmos padrões de comportamentos equivocados do seu consorte, mas trazê-lo de volta à prática de comportamentos saudáveis ou encerrar o relacionamento. Enveredar pelo mesmo caminho equivocado não é a solução, é um grande equívoco.

Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 28 de outubro de 2009.
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