Procurando alguma coisa?

Crônicas

Curiosidade

A curiosidade é definida como qualidade de curioso; desejo de desvendar, saber e ver. Assim sendo, quem tem o desejo de ver, aprender e saber é uma pessoa curiosa. As grandes descobertas que movimentam a ciência são realizadas porque alguém ficou curioso a respeito de alguma coisa e buscou as respostas, portanto, a curiosidade é a mãe das descobertas.

Muitas maçãs já tinham caído nas cabeças de inúmeras pessoas, mas quando uma caiu na cabeça de Isaac Newton, ele desejou saber: por que os objetos caem? Ao ficar curioso e buscar a resposta para esta pergunta ele descobriu a lei da gravidade. Alguém já disse: são as perguntas que movem o mundo. As perguntas são as alavancas impulsionadoras do progresso científico. As descobertas realizadas pelos seres humanos, quer elas sejam científicas, quer não, são as respostas dadas às perguntas acerca da realidade que nos cerca. A pergunta vem antes da resposta, antes do saber.

Você já observou como as crianças são curiosas? É através de perguntas que as crianças desvendam a realidade que as cerca. Alguns adultos castram a curiosidade das crianças, aborrecidos com perguntas que os embaraçam ou não desejam ver as respostas pelos mais variados motivos. Desta maneira, castram a curiosidade infantil, transformam as crianças em robôs humanos, em criaturas tão limitadas quanto eles.

Quando uma criança não sabe uma coisa ela pergunta. Quando atingimos a idade adulta passamos a representar o papel de pessoa sabida, deixamos de perguntar, deixamos de aprender. E o que é pior, nós fingimos saber coisas que ignoramos, sem dúvida o mais idiota dos nossos atos.

Não devemos matar a criança que existe em nós. Quem não é curioso já morreu, mas ainda não sabe. A criatividade é o mais belo fruto da criança que existe dentro de nós. Observe um grupo de crianças e veja como elas interagem, veja como são diferentes de um grupo de adultos, como as crianças estão abertas e sem medos, indagam o que não conhecem.

O processo de criação acontece quando deixamos a nossa criança interior livre e o nosso adulto supervisionando o seu agir para que ela não se machuque ou cause danos a outras pessoas.

Devemos sempre perguntar a nós mesmos: a minha criança ainda vive? Que Deus tenha piedade de quem matou a curiosidade da criança que vive dentro dele.

 

Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 30 de Janeiro de 2012.

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