Era um quarto escuro
a porta entreabre
uma réstia de luz penetra
desloca a escuridão.
Do lado de fora
uma voz clama:
abre a porta inunda de luz
o quarto vem para a claridade.
E a voz continua a clamar:
aqui fora há vida
vemos os pássaros a voar
sentimos o pulsar do universo.
A voz conclama:
escancara a porta
e vem cantar dançar trabalhar
amar rir chorar.
E a voz continua:
sai da escuridão
vem para a luz
deixa que ela penetre
no âmago do teu ser.
A voz conclui:
isto é o que eu chamo viver.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, dezembro de 2005.
João Pessoa, dezembro de 2005.