Procurando alguma coisa?

Poesias

Taças

Papéis amarelados pelo tempo
sonhos espalhado pelo chão
uma vida sentimental atribulada
uma busca sem fim
sempre renovada.

O que busca minha alma inquieta
ninguém consegue entender
nem eu mesmo.

As taças que me foram oferecidas
sorvi até a última gota
sem serem novamente repetidas
parto em busca de outro vinho.

Cada taça avidamente bebida
custou suor e lágrima para mim
e para quem me ofereceu o vinho.

Taças do vinho da sensualidade
incendeiam o sangue
mas não bebo o restante da garrafa
paro sempre na primeira taça.

Parto à procura de outro vinho
o que busco no vinho
não sei definir.

Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 9 de agosto de 2006.
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