Quando olhamos para ele
não enxergamos a realidade
o que vemos é fictício
é o que ele aparenta ser.
Ele fala o que não deseja
cala o que quer dizer.
Criatura estranha essa
não mostra o que é
aparenta o que não é.
Dependendo da situação
muda de cor como camaleão
é mestre em simulação.
De tanto fingir o que não é
esqueceu quem é
hoje apenas representa
o que a platéia deseja.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 2 de Janeiro de 2011.