Sol a pino,
calor intenso
sem esperança
de uma brisa suave.
A terra castigada pelo sol,
estorricada,
sem esperança
de a chuva refrescar.
Nada do que se planta dá
sem a benção da chuva
que parece não gostar
das plagas nordestinas.
A aridez da terra
não contamina o espírito
desta pobre gente pobre
que só vê desolação.
Cara queimada pelo sol,
encarquilhada,
uma esperança sem fim
de uma chuva enfim.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, março de 2006.
João Pessoa, março de 2006.