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Poesias

Secura III

O poço secou
sem água para matar a sede
transforma-se em buraco.

O rio secou
sem água para irrigar o solo
a várzea transforma-se em deserto.

O poeta secou
sem alguém para inspirar
o verso é árido como um deserto.

A vida secou
sem amor para irrigar
não existe alegria no viver.

Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 1 de março de 2007.
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