Quantas vezes nesta caminhada
desejei contigo ir até o fim da jornada,
percorrermos lado a lado
o último trecho da estrada.
Quantas vezes eu desejei
ao teu lado acordar,
as atividades diárias realizar juntos
e ao leito conjugal contigo retornar.
Quantas vezes nos separamos
sem uma única razão
para justificar a separação.
Quantas vezes omitimos,
para as pessoas e para nós,
o que sentimos um pelo outro.
Quantas vezes caminhamos
pela vereda da solidão,
por não confessar para o outro
o que se passa no nosso coração.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 14 de julho de 2006.
João Pessoa, 14 de julho de 2006.