Às vezes eu dou
o que deveria negar.
Às vezes nego
o que deveria dar.
Prometi para alguém
algo que jamais faria.
Recebi de alguém
algo que nunca esperaria.
Falei quando não devia,
causei muita confusão.
Calei quando não devia,
não evitei muita confusão.
Ainda não aprendi
a dizer a coisa certa,
no momento certo,
sem magoar as pessoas.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
João Pessoa, julho de 2019.