Afinal de contas
eu me dei conta
que não presto contas
vivo sem conta.
Não sei a quem amo
sei que a vida amo
não quero ser amo
não se ama o amo.
Quando eu te vejo
sei que não te vejo
pois o corpo eu vejo
mas a alma não vejo.
Um buscava ser
o outro buscava ter
o ter aprendeu a ser
o ser aprendeu a ter.
Pela estrada eu vou
à tua procura eu vou
desvendar teu corpo eu vou
navegar tua alma eu vou.
Depois de tanto tempo
eis que surge o amor
durante quanto tempo
viverá este novo amor?
Quadrinhas imbecis
escritas por um imbecil
lidas por vários imbecis
a me xingarem de imbecil.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 6 de março de 2006.
João Pessoa, 6 de março de 2006.