Procurando alguma coisa?

Poesias

Pular o Muro

Era uma pessoa sorrateira,
chegou devagar
com ar de quem nada quer,
instalou-se sem ser percebida.

Botou uma coleira no pescoço dele
e amarrou-o do lado de fora,
tomou conta do pedaço.

Alimentou-o com as sobras das refeições,
não fazia um carinho,
mantinha-o do lado de fora da moradia.

Um dia ele estava solto no jardim,
outra pessoa passou no portão,
sorriu e conversou com ele,
tratou-o com palavras de carinho
e afagou sua cabeça.

Pulou o muro e seguiu
aquela pessoa que o tratou
com respeito e carinho.

Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 23 de abril de 2006.
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