Já me disse uma cara amiga
que de poeta e de louco
todos nós temos um pouco.
De poeta tenho pouco
de louco tenho muito,
sou menos poeta do que louco.
Os versos que a insanidade dita,
ainda encontro quem bendiga
esta tal loucura maldita.
Assim carrego esta cruz,
sem encontrar uma luz
que meu caminho ilumine.
Procuro quem comigo caminhe
e minha loucura domine,
sem que me abomine.
Vã ilusão de um sonhador
cuja única loucura é a dor
de viver sem amor.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, agosto de 2005.
João Pessoa, agosto de 2005.