A poesia murchou
falta-lhe uma musa
para lhe dar vigor.
Por não ter a poesia
como companheira de cada dia
por outra arte me encantei
e a poesia abandonei.
A poesia me visitou
sem o viço de outrora
sem encanto
desenxabida
como há tempo costuma estar.
Acho que a poesia
vai me abandonar.
Será que fui eu
que a abandonei?
Ou será que foi
uma separação consensual?
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
João Pessoa, outubro de 2018.