Olho para trás e vejo
muitas quedas na caminhada
algumas não machucaram
outras me estropiaram.
Olho para frente e vejo
um caminho a percorrer
sem que atine
como o percorrerei.
Conservo dentro de mim uma vontade:
ir para frente
não estacionar à beira do caminho
qualquer que seja a condição climática
qualquer que seja a condição da estrada
qualquer que seja a condição da alma
qualquer que seja a condição do corpo.
Sei que em cada passo da caminhada
aprenderei uma nova lição.
E quando cair na estrada
encontrarei uma mão
para me levantar.
E a cada flor que encontrarei na estrada
agradecerei pela beleza e perfume
que inebriarão a alma.
E a cada tropeço que darei na estrada
agradecerei o ensino que propiciarão
e seguirei adiante.
Após o fim desta existência
para onde me levará esta caminhada?
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
João Pessoa, setembro de 2018.