Choro as dores do parto
de um desconhecido ser
escondido dentro de mim
que na velhice resolve nascer
ver o mundo com olhos de criança
descobrir a si mesmo.
Desejo sugar com avidez
nos seios da Vida
o leite para alimentar a alma
fazê-la crescer em direção ao belo
torna-la una com o Todo.
Neste renascimento do espírito
sinto uma mão a me conduzir
pelo caminho a percorrer.
Ela me ajuda a realizar
as mudanças interiores
que me levarão à plenitude.
Nas noites escuras do meu espírito
ela é a réstia de luz
que me serve de guia
para me conduzir na escuridão.
Nas minhas inúmeras quedas
nunca me abandonou
está sempre ao meu lado
e se chama Amizade.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 13 de fevereiro de 2008.