Eis que a antiga fonte não mais inspira
a chama e o canto do poeta,
que sem ter quem lhe incendeie o verso,
no frio inverno da solidão,
hiberna à espera da primavera
que é a estação do amor.
Para não cantar a tristeza
o poeta busca outra fonte
capaz de acender a chama da inspiração
e inunde o seu canto de alegria.
De repente o poeta descobre:
apesar de faltar a fonte inspiradora
os versos continuam a jorrar.
A Musa dos poetas
é a Fonte Universal do Amor
e não a vida ou a morte
de relacionamentos efêmeros
como as chuvas de verão.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 20 de julho de 2003.
João Pessoa, 20 de julho de 2003.