Caminho pelas veredas da vida,
observo algumas pessoas ao meu derredor
fechadas dentro de si mesmas,
sem se comunicarem com o mundo.
Eu não sei se são pessoas ou se são ilhas,
talvez sejam pessoas ilhas
que não se comunicam com o continente humano,
ilhadas pela própria solidão.
Ilhas de todos os sexos e idades,
sem relacionamento com o mundo,
hermeticamente fechadas,
isoladas da vida.
São cadáveres ambulantes,
alguém precisa avisá-las que já morreram.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 17 de janeiro de 2004.
João Pessoa, 17 de janeiro de 2004.