Procurando alguma coisa?

Poesias

Máscara

Prisioneiro de mim mesmo
vivo encarcerado na prisão
criada pelos meus conceitos.

Carrego estes grilhões presos aos pés
não me permitem correr pelas campinas
conhecer novas paisagens.

Desejo quebrar os grilhões
eles me mantêm acorrentado
na prisão da minha mente.

Quero voar por regiões desconhecidas
existentes dentro de mim mesmo
conhecer este ser desconhecido
que eu finjo conhecer.

Mergulhar no meu âmago
ver a mim mesmo sem a máscara
sempre mostrada para os outros
é tarefa difícil de realizar.

De tanto usar a máscara
acreditei que aquela era minha face
e passei a ser a máscara.

Hoje não consigo arrancar a máscara
desconheço a minha fisionomia
mas sei que a máscara eu não sou.

Quando quebrar os grilhões
a máscara cairá
não sei se gostarei do rosto
ou se acharei mais bela a máscara
mas o rosto para sempre mostrarei.

Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org

João Pessoa, 14 de julho de 2008.

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