Abro a alma sem receio
tenho palavras de respeito
para quem age do seu jeito
e me trata com desrespeito.
Jogo fora seu desrespeito
sem o levar para o peito
pois somente o amor é fermento
para levedar o respeito.
Procuro fazer da bondade feitio
de desamor tenho fastio
e do amor não me desvio.
No intento de perdoar extasio
e como é do meu feitio
para meditar silencio.
O perdão bebo com gosto
e num gesto silencioso
ajo sem desgosto.
Abro o peito de novo
olho você com carinho
e lhe abraço com gosto.
Seu abraço é murcho
e com um muxoxo
você se afasta com desgosto.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
João Pessoa, abril de 2018.