Imaginei que era escritor,
e descubro que sou escrevinhador.
Imaginei que era movido por causas nobres,
e descubro que sou movido pelo que me interessa.
Imaginei que tinha desapego a coisas,
e descubro muitos apegos a coisas.
Imaginei que era um ser social,
e descubro que sou um eremita.
Imaginei que era altruísta,
e descubro que sou egoísta.
Imaginei que era tanta coisa,
e descubro que nada sou…
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
João Pessoa, 18 de agosto de 2019.