É triste ver um amor que chega ao fim,
é um trem descarrilado,
apenas se vêem pessoas feridas,
destroços.
A poesia acaba entre os dois,
as palavras perdem a doçura,
os gestos perdem a fluidez,
a vida a dois já não é uma dança.
A alegria abandona o casal,
mesmo quando a separação
é necessária e inadiável.
Existe uma tristeza,
uma dor a remoer
o coração dos dois
pela morte do amor.
Este mesmo amor que outrora
trouxe vida e alegria,
morre triste e abandonado,
ninguém a lamentar o seu fim.
Nos jardins das suas existências
os corações serão arados,
adubados pelo esquecimento,
novos amores serão semeados
e embelezarão novamente suas vidas.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, março de 2006.
João Pessoa, março de 2006.