Nos tempos da juventude
tu eras a minha musa inspiradora.
Vejo-te no frescor dos anos
a brincar na praia
e não me perdôo
a covardia de não ter assumido
o amor que me dominava.
Deixei que tu escorregasses como água
através dos dedos de uma mão que se fecha
porque não tive a coragem
de dizer que te amava.
Inúmeras vezes teus olhos e teu corpo
suplicavam por uma declaração
que ficava sufocada na minha garganta.
Somente agora
decorridos tantos anos
tenho coragem de dizer o quanto te amei.
Deus tenha piedade de tamanha covardia!
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 16 de novembro de 2003.