A alma de um poeta se assemelha
a uma esponja viva
a absorver no espaço infinito
os sentimentos da humanidade.
Muito do que escreve não é seu
absorve de outros seres
vivos ou mortos
anjos ou demônios.
Depois de criar muitas poesias
a cada novo verso
a alma tem a sensação
de uma repetição vazia.
Conviver com esta sensação
ou parar de escrever
eis o grande dilema
da alma de um poeta.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 5 de agosto de 2010.