Sem o vinho embriagante do amor
a afinar e aquecer o sangue
as artérias do coração entopem
a vida não se expande pelo infinito.
O verso perde a chama
já não tem cor viva e brilhante
enregela na fria ausência
de um amor que o aqueça.
Sem esta chama divina
a iluminar os seus caminhos
a alma fica perdida a buscar
algo para preencher o vazio.
Não encontra o caminho
fica perdida na noite escura
a vagar sem rumo
à procura de abrigo.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, setembro de 2006.
João Pessoa, setembro de 2006.