Ralado pela dor
conduzo o andor
da deusa dos meus sonhos.
Fria e impassível,
feita de pedra,
nada me revela.
Oro e suplico
que apague a escuridão
provocada pela separação.
Gostaria de novamente acordar
e vê-la soberana
a reinar no tálamo.
Anos nos separam,
repletos de saudades
a torturarem mente e coração.
Mas a deusa é de pedra
e nada revela.
Apenas me resta
adorar sua imagem.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 3 de fevereiro de 2006.
João Pessoa, 3 de fevereiro de 2006.