Quando escrevo um poema,
Sinto sabor das palavras,
Degusto as imagens,
Faço amor com os versos.
Quando escrevo um poema,
Vejo a sonoridade da água,
Ouço o crepitar das alma,
Que enleva meu canto.
Quando escrevo um poema,
Sei que é uma aprendizagem.
E me pego brincando com sílabas,
Feito criança alfabetizada.
Busco meus eus perdidos
Nos oásis do deserto.
Quando escrevo um poema,
Sinto que nada é sério.
Tudo, circunstancial: como a vida.
Na embriaguez das palavras,
A placidez do sossego.
Enfadonho
É o degredo.