Segredo – Eliane Duarte – 03/03/2013
Ao que me parece, sou tua Retalhada em infinitas faces No entanto, enveredas oblíquo Quando precipito a hora Da chama que sinto Se leve pouso como pluma A mão que afago teus cabelos O favo de mel em minha boca Consente em sonho ser amado E em meu corpo penetras ofegante Escorre o meu desejo em teu ventre Faz de mim a tua eterna mansidão Dá-me a tua mão e me amas infinitamente Sem horas para me possuir rubra paixão Seja tu o meu leme na madrugada fria Alvorece meu ser desfolhado na memória Singra meu corpo como na noite primeira Seduz meu olhar revelando-me inteira Poetisa carioca radicada no Recife com várias Antologias publicadas.