Quando o mar, meu confidente,
Empresta o sal à brisa da manhã.
Eu deixo passos na areia
Quando a brisa, minha companheira,
Provoca o vai-e-vem das ondas.
Eu miro o sol que brilha sobre nós.
Quando o sol, meu defensor,
Mergulha em nuvens para não me enrubescer
Eu sinto o véu de água sob os pés
Quando a água, minha namorada,
Alisa a areia provocando espuma
Eu mudo a trajetória evitando as ondas
Quando a areia, minha delatora,
Revela o novo rumo que tomei
Eu busco segurança sobre as pedras
E quando as pedras, meros figurantes,
Acatam os golpes das ondas do mar
Eu deito e fico contemplando as nuvens