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Obras de Amigos

Poemeu – Ivaldo Gomes

O meu poema não tem eira

E nem beira,

Nem rima, nem métrica e

Nem estética. Nem mote,

Nem sul, nem norte.

Poema sujo, rasgado, jogado

Ao léu.

Poema que se escreve a ferro

E fogo, em carne viva.

Corte de navalha, fundo,

Profundo, que dói, que dói.

Sou poeta não por opção mais

Por necessidade.

O lápis, o papel, os pensamentos

Atrai-me e eu não aguento

E ponho pra fora que nem

Um turbilhão.

Poema meu é que nem a

Vida se escreve no rascunho,

Não dá pra passar a limpo.

A arte vem dos pensamentos,

Dos sentimentos e tudo que

Causa emoção é arte.

E tudo que me emociona

Eu amo doidivanamente.

Daí esse poema quente,

Nesse verão.

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