Quando uma pessoa é volúvel e se entrega com facilidade a qualquer um e não se contenta em ter apenas um parceiro sexual, independente de ser homem ou mulher, é chamada de galinha. O que acho engraçado é que alguns homens do tipo galinha não admitem que as suas parceiras também sejam do tipo galinha, eles agem no mais puro estilo machista. Não me venha dizer que este é um comportamento tipicamente nordestino, pois observei a mesma maneira de agir nas regiões sudeste e sul, onde morei durante alguns anos. No nordeste esta característica do homem brasileiro é mais acentuada.

Existem casamentos em que os dois mantêm relações sexuais com outros parceiros de maneira aberta, isto é, com o conhecimento e o consentimento do outro. Desde meu tempo de garoto, há muitos e muitos anos atrás, aqui na cidade de João Pessoa, ouvia falar de casais que se reuniam para trocar de parceiros, o que era considerado um escândalo para a época. Os casais que procediam assim eram conhecidos e tinham suas vidas comentadas à boca miúda.

É interessante observar o comportamento da sociedade e refletir sobre algumas maneiras de agir que ela adota. A traição masculina é tolerada, mas a traição feminina é rejeitada até por uma grande parcela das mulheres que admitem a infidelidade masculina. Os casamentos abertos são rejeitados por muitas pessoas, mas algumas delas mantêm relacionamentos às escondidas com mais de uma pessoa, direito negado ao seu cônjuge.

Não sou adepto do casamento aberto, mas o tenho como um relacionamento mais honesto que os casamentos onde tanto o homem quanto a mulher mantêm relações extraconjugais às escondidas. Apresentam a coreografia do casamento perfeito para os parentes e amigos, mas por baixo dos panos levam uma vida de traições e mentiras.

Qual dos dois tipos de relacionamento é mais salutar para a saúde física e espiritual do ser humano?

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