“Portanto, não os temais: pois nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido” (Mt 10:26).
Os dirigentes públicos e os políticos ignoraram esta advertência cristã. Estes dirigentes e políticos receberam a oportunidade ímpar de trabalhar em benefício do povo e transformaram esta oportunidade em ensejo para roubar. Eles pensavam que não seriam descobertos e que o povo brasileiro é imbecil e sem capacidade de reagir. Ignoraram as mudanças ocorridas no mundo nos últimos anos, supondo estar o Brasil indene a tais mudanças. Os dirigentes e os políticos fizeram-se surdos aos sinais de modificações externas, achavam que para o povo brasileiro seria suficiente a política do pão e circo.
O povo buscou refúgio para suas dores na religião. Mas hoje a maioria das igrejas são casas de negócio, onde seus dirigentes buscam maneiras de ganhar cada vez mais dinheiro, não estão preocupados com o povo. Para estes falsos profetas a religião é apenas um meio de enriquecer, sem pagar impostos. Em outras palavras, estas igrejas também exploram o povo.
O que restou para o povo brasileiro? De um lado, dirigentes e funcionários corruptos dos três poderes a roubar sua oportunidade de ter uma vida digna. Do outro lado, também a roubar o povo, pregadores religiosos tão ou mais corruptos do que os dirigentes e funcionários dos três poderes públicos.
Ficou claro na cabeça de todo o povo que o seu “berço esplêndido” estava e está sendo saqueado, deixando de ser esplêndido. O povo entendeu que dentro de pouco tempo o Brasil não ficaria “deitado eternamente em berço esplêndido”, pois as suas riquezas estão sendo roubadas, as suas florestas estão sendo destruídas. Então o brasileiro perguntou: o que será dos nossos filhos sem nosso “berço esplêndido”? Antes que os mais velhos fossem capazes de articular uma reposta, os jovens, os novos caras pintadas saíram para lutar com o objetivo de manter o Brasil “deitado eternamente em berço esplêndido” …
O povo brasileiro não fugirá à luta para mandar os corruptos para a cadeia e ver o dinheiro dos impostos e taxas ser aplicado para gerar emprego e bem-estar para todos.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes www.marcosfernandes.org João Pessoa, 10 de Julho de 2013.