Para que um ser humano seja concebido, milhares de espermatozóides batalham pelo direito de fecundar o óvulo. Depois da morte do seu corpo físico, milhares de seres batalham para devorar sua carne. Batalhas acontecem antes da concepção e após a morte do corpo físico de um ser humano. Impossível enumerar todas as batalhas físicas e espirituais que uma pessoa trava durante a sua existência.
Batalhas ganhas, batalhas perdidas, todas trazem lições a serem aprendidas. O importante não é ganhar ou perder, mas as lições aprendidas. O Senhor da Vida, na sua infinita justiça, proporciona a cada ser humano as batalhas que necessita para crescer. Quando um adulto evita que uma criança coloque o dedo na tomada elétrica, a criança chora, pois não tem condições de entender o benefício que recebeu de quem a impediu de cometer aquele ato. Na nossa miopia espiritual vemos de maneiras inadequadas muitas lições que nos são ministradas pelo Senhor da Vida. Apesar de amargas, são lições preciosas para o nosso crescimento como ser humano.
As batalhas dos outros seres humanos também são nossas batalhas, existe uma ligação em tudo. Batalhas que são fáceis de serem ganhas por você podem ser difíceis para mim, preciso da sua ajuda para aprender a superar estas batalhas, segure a minha mão e me conduza nos momentos difíceis da minha vida. Eu também ensinarei para você as coisas que aprendi, estarei ao seu lado nos momentos que você necessitar.
Em cada fase da sua vida o ser humano trava um tipo de batalha necessária para o seu crescimento físico e/ou espiritual. As batalhas mais devastadoras são travadas consigo mesmo, acontecem no imo da alma, algumas são percebidas pelos seres humanos que convivem conosco, outras acontecem sem deixar sinais exteriores, apesar de serem devastadoras. Estas as grandes batalhas da vida de um ser humano, elas são travadas com seus demônios interiores, não são testemunhadas pelas outras pessoas que apenas percebem os sinais exteriores destas batalhas cruentas em que a alma se despedaça, tendo apenas o Criador como testemunha.
João Pessoa, 24 de janeiro de 2010.