Procurando alguma coisa?

Poesias

Devaneio II

Existem dentro de mim
procuras indefinidas,
ânsias incontidas.

Rompendo as madrugadas
busco-te nos refolhos,
coração aberto
e mente vazia.

Nos meus devaneios
vejo um rosto
que nem sequer conheço.

Seriam delírios da alma?

Lembranças de outras existências
adormecidas no evo da vida?

Por que apareces agora
no lusco-fusco da existência?

Seria uma tentativa de me alertar
para a execução de tarefas
há muito tempo esquecidas
no armário da ociosidade?

Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, agosto de 2004.
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