Alquebrado pelas refregas da vida
em ti busco a companheira e amiga,
a terra prometida
onde repousar corpo e alma.
Tu almejas o amante ardente,
a comunhão de corpos,
o saciar desejos
que te incendeiam o corpo e a alma.
Quando nos encontramos
tu fecundas o meu espírito
que se transborda
na criação de verso e prosa.
Eu incendeio o teu corpo
que ruge pelo que não consigo te dar.
Ajudastes na cura da alma
mas não despertas o corpo.
Tu és um dia de sol
eu sou uma noite de lua.
Tu moras no equador
eu habito o pólo sul.
Que meridiano nos ligará?
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, 30 de setembro de 2003.
João Pessoa, 30 de setembro de 2003.