Ao te ver assim
tão indefesa e dependente
a dormir tranquilamente
nas primeiras horas de vida
indago a mim mesmo
em que passado remoto
nossas almas se entrelaçaram
nossos destinos se ligaram
na eternidade da Vida.
Tu abres os pequeninos olhos
e me contemplas demoradamente
uma mensagem muda
que vale mais do que mil palavras.
Os olhos parecem dizer
estou de volta
companheiro de inúmeras jornadas
que se perdem no evo da Vida.
Faço uma oração silenciosa
peço ao Senhor da Vida
que eu possa te ser útil
enquanto nos livros das nossas vidas
tu escreves o prólogo
eu escrevo o epílogo.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, novembro de 2004.