Procuro o pincel do amor
para colorir o quadro da vida
com cores quentes e alegres.
Procuro a cor vermelho paixão
para incendiar o coração,
mas ela me diz:
“meu caro senhor,
o seu prazo de validade está vencido,
vermelho é só para jovens”.
Procuro o azul celestial
para apaziguar o coração,
mas os anjos me dizem:
“esta cor é para quem caminha
pelas sendas da devoção”.
Rejeitado pelas duas cores
não consegui outra cor buscar,
amargo a solidão.
Até hoje não descobri
de que cor é a solidão,
apenas sei que ela me leva a escrever
sem preencher o vazio do coração.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
www.marcosfernandes.org
João Pessoa, junho de 2006.
João Pessoa, junho de 2006.