E quando em mim
nada mais restar
dos amores que vivi
sairei pelo mundo
à procura de alguém
capaz de despertar o amor
em mim adormecido.
Sentirei a minha alma
unir-se à alma dela
e se as nossas almas
bailam nas nuvens.
Sentirei o meu corpo
bailar com o corpo dela
e se este bailado
é prazeroso para os dois.
E nesta união espero
viver a poesia
dos atos triviais de cada dia.
E talvez um novo amor
volte a incendiar
a vida do poeta
no crepúsculo vespertino…
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
João Pessoa, outubro de 2015.